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O galeão espanhol San José, que levava a bordo uma carga avaliada em 20 bilhões de dólares, naufragou em 1708 no Mar do Caribe em uma batalha contra uma esquadra britânica. Em 2015, os restos da embarcação foram encontrados na costa da Colômbia. Agora, Gustavo Preto, presidente do país, anunciou planos para recuperar os destroços, mas uma empresa americana reivindica metade do valor do tesouro que o navio carregava.
Disputa pelo tesouro
Em entrevista ao site Bloomberg, o ministro da Cultura da Colômbia, Juan David Correa, afirmou que a recuperação do tesouro "é uma das prioridades da administração Petro". Segundo ele, o presidente quer estabelecer uma parceria público-privada para extrair o galeão San José do fundo do Mar do Caribe o mais rápido possível. O plano é que isso aconteça antes do final de seu mandato, em 2026.
Quando afundou, o galeão San José transportava um tesouro que incluía baús cheios de esmeraldas, além de milhões de moedas de ouro e prata. Em 1981, a empresa americana Glocca Morra afirmou ter localizado os destroços do navio e forneceu as coordenadas à Colômbia, sob um acordo que lhe conferiria direito à metade do tesouro. No entanto, em 2015, o então presidente Juan Manuel Santos anunciou que a Marinha da Colômbia havia descoberto o naufrágio em uma localização diferente.
Mas a Glocca Morra (que agora se chama Sea Search Armada) alega que os colombianos encontraram os destroços usando as mesmas coordenadas fornecidas pela empresa há 42 anos. Por isso a companhia reivindica sua parte do tesouro prevista no acordo. Para complicar a situação o governo da Espanha, a quem pertencia o navio, também afirma ter direitos sobre a carga. Além disso, a tribo boliviana Qhara Qhara diz que seu povo foi forçado a extrair de minas na Bolívia o ouro e as pedras preciosas transportados pela embarcação, portanto o tesouro pertenceria a eles.
FONTES:
DAILY MAIL
IMAGENS:
DOMÍNIO PÚBLICO,VIA WIKIMEDIA COMMONS